sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Egipto


“Dependendo do Nilo – Actualmente como no tempo dos faraós –, o Egipto apresenta espantosos contrastes entre a riqueza e a pobreza, entre o antigo e o moderno.”

¤ O Egipto de relance

Superfície: 1 002 000 km2

População: 49 560 000

Capital: Cairo

Governo: republica parlamentar

Moeda: libra egípcia = 100 piastras

Idiomas: árabe (oficial), berbere, núbio, beja

Religião: muçulmana (90%), cristã

Clima: quente e seco; as temperaturas médias no Cairo variam de 8-18ºC em Janeiro a 21-36ºC em Junho

Actividades económicas: refinação de petróleo, cimentos, têxteis, siderurgia, adubos, indústrias alimentares.

Esperança média de vida (anos): homens – 55; mulheres – 59.



¤ Cultura egípcia

A cultura egípcia foi profundamente influenciada pela religião; principalmente a arte e arquitectura. Contudo, os egípcios, buscando soluções para problemas práticos, nos deixaram também um vasto legado científico.

Artes

Os egípcios destacaram-se, especialmente, na arquitectura, pois a sua crença na “vida após a morte” fez com que construíssem templos e pirâmides que deveriam durar eternamente.

As construções religiosas eram decoradas com estátuas e pinturas, que representavam cenários do quotidiano. Quando os seres humanos eram retratados, apareciam sempre com o rosto, as pernas e pés de perfil e o tronco de frente, por determinação dos sacerdotes. Estas pinturas e esculturas eram, geralmente acompanhadas de inscrições hieroglíficas que descreviam aquilo que estava retratado.

Os sarcófagos (túmulos em que os antigos colocavam os cadáveres que não eram cremados) eram feitos de madeira ou pedra e possuíam o retrato dos mortos, para facilitar o trabalho de reconhecimento da alma em seu possível retorno após a morte.


Ciências

De carácter altamente prático, as descobertas científicas dos egípcios direccionavam-se essencialmente para a Matemática e a Geometria. Desenvolveram técnicas para delimitar as propriedades, além de medições de áreas de triângulos, rectângulos, hexágonos e do volume de cilindros e pirâmides.

A organização de um calendário foi necessária para determinar o início da cheia e da vazão do rio Nilo. Pelo calendário egípcio, o ano era dividido em 365 dias e havia três estações: cheia, inverno e verão.

No âmbito da medicina, os egípcios conheciam várias doenças, faziam operações, sabiam a importância do coração para a vida animal e conheciam a circulação sanguínea.

A escrita hieroglífica era sagrada, representada por pequenas figuras que formavam um texto. Os desenhos evoluíram para a escrita religiosa, mais simples, culminando na escrita popular, usada pelos escrivães.


Religião

A religião egípcia baseava-se no politeísmo, com deuses em forma de animais (zoomorfismo) ou uma mistura de homem e animal (antropozoomorfismo). Geralmente, os animais de uma determinada região eram os seus protectores: falcões, hipopótamos, crocodilos, leões, chacais protegiam, desde o período pré-dinástico, os diversos nomos. Rá era considerado o criador do universo. Amon era o protector dos tebanos. Quando a capital do império passou a ser Tebas, os dois deuses tornaram-se um só, Amon-Rá.

Havia também Ísis, Anúbis, Thot e Osíris, entre outros. Acreditava-se que, após a morte, a alma comparecia ao tribunal de Osíris para julgamento dos seus actos em vida. Ilibada, a alma poderia voltar a ocupar seu corpo se o mesmo tivesse condições de recebê-la, daí a preocupação com a mumificação dos cadáveres.

Junto ao morto eram colocadas oferendas em forma de alimentos, jóias e armas para utilização no além. Também eram colocados textos com as qualidades do morto, destinados à análise de Osíris, defendendo a sua absolvição. Esses textos seriam adicionados ao Livro dos Mortos.

Por volta do século XIV a.C., o faraó Amenófis IV decidiu fazer uma reforma radical na religião, implantando a monolatria, ou seja, o culto oficial a um só deus, Aton. Aboliu o culto aos diversos deuses e auto denominou-se de Akhenaton (filho do Sol). Alguns historiadores escrevem o seu nome como Ikhmaton (Aton está satisfeito).

Após sua morte, o seu sucessor Tutancâmon restabeleceu o politeísmo e o prestígio dos sacerdotes.

A reforma de Amenófis não agradou à população, mas conseguiu, porém, uma centralização temporária do poder religioso.

Para o visitante

Os turistas acorrem para ver as pirâmides e os outros tesouros históricos. As pirâmides do Egipto antigo eram sepulcros reais construídos na margem ocidental do Nilo desde a 3ª dinastia de faraós (cerca de 2680 a. C.) até à 18ª (cerca de 1570 a.C.). Muitos dos faraós ordenaram a construção das suas próprias pirâmides, nas quais os seus cadáveres mumificados seriam conservados para a eternidade.

Gize, é o ponto da partida para a visita às pirâmides e à Esfinge. As três pirâmides de Gize são as maiores e mais perfeitas que existem e constituem uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A grande pirâmide de Quéops, ou Khufu (cerca de 2590 a. C.), é a maior pirâmide jamais construída, com a sua massa de blocos de arenito cobrindo uma área igual à de 13 campos de futebol. Inicialmente media 147m de altura e 230m de lado na base. A Esfinge, animal mitológico com cabeça humana e corpo de leão, simbolizava o faraó Quéfren, filho de Quéops, numa encarnação de Rá, o deus-sol.

Partindo de Luxor e karnak, podem visitar-se numerosos templos e necrópoles, incluindo o Vale dos Reis. Mas visitar o Egipto como país moderno pode igualmente ter interesse: o bulício e vitalidade das grandes cidades é um espectáculo de movimento e colorido. Regatear preços é a forma mais natural de fazer negócio, seja ao pagar o táxi, seja ao fazer compras no bazar. Os turistas com ar de presa fácil vêem-se confrontados com preços altíssimos ou perseguidos com pedidos de bakshish (esmolas ou gorjetas). O Cairo é rico em mesquitas e museus, e em Alexandria encontram-se antigas catacumbas (câmaras funerárias subterrâneas) dos cristãos.

Um passeio de camelo, um dia de compras no Cairo e um passeio no Nilo devem fazer parte do itinerário de todos os turistas.

Hino Nacional



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